Defenda Sua Moto: A Nova Tendência Antifurto que Está Transformando a Segurança das Motocicleta
No decorrer dos primeiros quatro meses deste ano, foi possível observar um aumento significativo de 27,6% nos casos de subtração e extravio de motocicletas em relação ao mesmo período do ano passado. Esses dados foram minuciosamente analisados e divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. O sentimento de insegurança tem levado os proprietários de motos a tomarem medidas preventivas visando minimizar o interesse dos delinquentes.
Edgar Francisco da Silva, cujo apelido é "Gringo", ocupa o cargo de presidente da AMABR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil). Ele esclarece que a estratégia conhecida como "proteção antifurto" se tornou uma prática quase obrigatória para aqueles que dependem de motocicletas na região metropolitana de São Paulo. O foco principal dessa abordagem é desencorajar a comercialização ilícita de peças, uma das principais motivações por trás dos roubos e furtos de motos.
"Estamos falando de um dispositivo que registra tanto o número da placa quanto o número de chassi em todas as partes removíveis da motocicleta. Isso cria uma barreira para que os infratores não possam revender essas peças no mercado negro no futuro", explica o "Gringo".
Além disso, essa solução de proteção, com valores variando entre R$ 150 e R$ 220, incorpora uma característica adicional que serve como sinal para indicar que a moto está "protegida" contra tentativas de roubo:
"A empresa aplica adesivos refletivos nas peças que receberam a proteção. Essa abordagem faz com que os criminosos, ao observarem de longe, pensem duas vezes antes de agir e optem por buscar alvos mais fáceis. Essa estratégia alternativa foi desenvolvida como uma resposta direta à crescente preocupação com a segurança", detalha o líder da associação.
Rodrigo Boutti, especialista em segurança pública, adiciona que, até que todos os criminosos estejam cientes dessa nova medida, a proteção oferecida pelo dispositivo dificulta a revenda de motos roubadas ou furtadas:
"Quando o ladrão tenta passar a moto protegida para um comprador, este recusa, pois está ciente de que a moto não tem valor nesse cenário. O registro do número de chassi é uma prova concreta de que a peça é resultado de uma atividade criminosa, mesmo que o número seja removido. Quando a moto é verificada por uma autoridade de trânsito, a verdade será revelada", afirma.
Apesar de algumas instalações de desmontagem tentarem apagar as gravações por meio de técnicas como lixamento e repintura, "Gringo" ressalta que esse processo é complexo e, ainda assim, não é perfeito devido à profundidade das gravações. "Os criminosos costumam preferir buscar alvos mais fáceis."
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